terça-feira, 16 de março de 2010

Anemia ferropriva

Anemia ferropriva


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Anemia ferropriva / ferropénica é o tipo de anemia mais comum e é causada pela deficiência de ferro (sideropénia). O ferro é um dos principais constituintes da hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos. Neste tipo de anemia a ingestão de ferro está menor que o mínimo necessário para as atividades do organismo que precisam de ferro. A forma de estoque é a ferritina ou hemossiderina. Nos indivíduos de sexo masculino normais existem de 600 a 1200 mg de estoque e nas mulheres 10 a 400 mg. Em valor total o ferro nos homens é de cerca de 4 g e nas mulheres 2,5 g.[1]



Índice [esconder]

1 Formação da hemoglobina

2 Etiopatogenia

3 Sintomas

4 Diagnóstico

5 Tratamento

6 Notas e referências

7 Ligações externas

8 Bibliografia





[editar] Formação da hemoglobina

O principal local de absorção do ferro é no duodeno e jejuno. Depois de absorvido, o ferro se liga à transferrina (proteína que transporta o ferro). Esse ferro é levado à medula óssea, onde precursores eritróides captam o ferro para formar a hemoglobina. Os precursores eritróides amadurecem, tornando-se hemácias jovens. Como uma hemácia dura em média 120 dias, após a destruição destas hemácias velhas, o ferro é reaproveitado para compor a hemoglobina de novas hemácias.



2/3 do ferro necessário para a produção de hemoglobina vem da degradação do eritrócito (hemácia) envelhecido, enquanto que apenas 1/3 deste vem de alimentos ricos em ferro. Ao ser ingerido, ele está no estado férrico (Fe(III)) mas para ser absorvido tem que estar no estado ferroso (Fe(II)). Contribuem para esta transformação redutores gástricos, pH gástrico e a vitamina C.



[editar] Etiopatogenia

Dieta pobre em ferro: pessoas que ingerem pouco alimentos ricos em ferro, podem desenvolver este tipo de anemia. Dentre os alimentos ricos em ferro estão a carne vermelha, lentilha, feijão, carne branca e a salada verde.

Má absorção há, por exemplo, a anemia causada por esteatorreis, transito intestinal rápido.

Hemorragias entre os casos de sangramento que podem gerar uma anemia ferropriva estão: sangramento gastrointestinal,acidentes traumáticos, cirurgia, parto, além de um sangramento menstrual intenso.

Perdas digestivas - parasitoses, úlceras, câncer, hemorroidas. A causa mais comum de anemia ferropriva em adulto é devida a sangramentos gastrointestinais. Algumas parasistoses intestinais,como a ancilostomíase, podem causar perda crônica de sangue e, então, evoluir para uma anemia.

[editar] Sintomas

Caracterizada por palidez, fraqueza, anorexia, diminuição de libido e fadiga. Em estado mais avançado podem-se verificar dores de cabeça latejantes semelhantes às de uma enxaqueca. Como é uma doença que se desenvolve lentamente, pode passar despercebida por muito tempo. Além de outras repercussões da anemia sobre o organismo humano, afecta o crescimento e o desenvolvimento físico e mental das crianças, acarretando sonolência, incapacidade de fixar a atenção e diminuição na acuidade mental, o que leva ao comprometimento do rendimento escolar.



Pode ocorrer um processo denominado glossite atrófica uma extrema vontade de ingerir gelo, terra, barro, tijolos, farinácios, etc. A vontade excessiva desta prática é denominada "pica".



[editar] Diagnóstico

Hemoglobina e Hematócrito: O valor baixo da hemoglobina e do hematócrito de uma pessoa diz que ela tem anemia, mas não pode elucidar qual tipo de anemia.

Hemograma completo: dirá se a anemia é microcítica (possui VCM abaixo do normal).

Ferro sérico: dosagens baixas de ferro podem indicar uma anemia ferropriva. O ferro também diminui em casos de doenças crônicas, neoplasias, entre outras.

Dosagem de transferrina: apresenta-se em quantidade aumentada na anemia ferropriva.

Ferritina: proteína achada principalmente no fígado, armazena íons de ferro. Quando não tem ferro armazenado, essa proteína é chamada apoferritina. Sua dosagem indica a quantidade de ferro armazenado.

TIBC: Capacidade de ligação de ferro total (TIBC) está aumentado para compensar a deficiência.

Aspirado de medula óssea: é muito invasivo para ser usado normamente por isso não é muito utilizado. Quando usado, avalia-se a presença de ferro usando-se corante especial para ferro, o corante azul da Prússia. Ao observar-se os macrófagos na medula, observa-se a presença de ferro. Utilizado para diagnóstico diferencial de anemia sideroblástica.

[editar] Tratamento

O tratamento tem por base a eliminação da causa que provoca a anemia: gastrites, parasitas, hemorragias, etc. E uso de sais de ferro, pela via de administração oral. Basicamente, 200 a 300 mg de ferro, reduz a anemia em poucas semanas. São utilizados os sais ferrosos: sulfato, gluconato, fumarato ou succinato. Caso ocorram náuseas e outros desconfortos gastrintestinais a dose é reduzida de acordo com critério médico. O tratamento total dura de 4 a 6 meses e pode ser feita a dosagem de hemoglobina até normalização do hemograma.[1]



Em casos graves, pode ser utilizado como tratamento a injeção de ferro pela via muscular ou intravenosa, sendo utilizado as formas ferro-dextran ou sorbitol-citrato-ferro.[1]



Notas e referências

↑ 1,0 1,1 1,2 LORENZI, Therezinha Ferreira. Manual de Hematologia: propedêutica e clínica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

[editar] Ligações externas

[1] Resumo de dissertação de mestrado sobre "Deficiência de ferro e anemia em crianças de Vitória, capital do Espírito Santo"

[editar] Bibliografia

Wintrobe, Hematologia Clínica, editora Manole ltda 1998

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